Neste período eleitoral, grande maioria dos candidatos vai às ruas com um discurso auto-meritório. Dizem-se orgulhosos de suas conquistas pessoais e devem sentir-se mesmo assim. Não é para qualquer um sem oportunidades buscar num Estado. novo a sorte grande e ser bafejado por ela ou montar, sem recurso algum, seu negócio e sair da pobreza.
Tome-se como exemplo um deputado que declarou à Justiça Eleitoral este ano um patrimônio de R$ 12,7 milhões. De origem humilde (como proclama em seus programas eleitorais) não tinha uma bicicleta quando aportou na Capital. Entregador de jornais, infiltrou-se nos grupos políticos do dia e subiu na vida.
Elegeu-se vereador onde ficou por 72 meses, depois deputado estadual por mais 120 meses e por último deputado federal por, até aqui, 44 meses.
Tomando por base, a preços de hoje, teria ganho R$ 1,2 milhão na Câmara de Vereadores, R$ 2,8 milhões no Legislativo estadual e R$ 1,4 milhões na Câmara dos Deputados.
Isto aí daria uma soma de salários de R$ 5,4 milhões. Algo próximo de R$ 7,3 milhões a menos que o valor declarado. Existem as correções de investimentos? Existem!!!!
Só que aí não teria gasto nada com viagens, saúde, alimentação, transporte, carros de luxo, barcos, aviões, escola de filhos, não teria gasto nas campanhas eleitorais nem investido em imóveis, não teria comido caviar, bebido do melhor vinho. Sem descontar a inflação
É dura a vida de político. Não se entende porque tanta gente a quer e por ela briga tanto. É culpa do candidato? Claro que não!!! É do sistema. O mesmo que dá a líderes políticos, vereadores e prefeitos, a prerrogativa ilegítima, imoral e ilegal de vender colégios eleitorais aos candidatos tal como se dá no Estado. como se comercializassem fazendas com gado e porteira fechada..