O PT disposto a enfrentar o estado democrático de direito. Pretende, apesar da decisão do TSE, manter Lula candidato enquanto devagarzinho coloca Hadadd.
Ora Lula foi condenado em segunda instancia e a Lei da Ficha Limpa é clara quanto à inelegibilidade neste caso.
Não é porque Lula foi condenado sem provas (apanhei muito aqui por defender isto, ou seja, a falta de provas) que os petistas negariam o cumprimento da decisão.
O problema é que o mesmo TSE que negou (apropriadamente) a candidatura de Lula na sexta, decidiu que ele não pode participar do programa eleitoral.
E aí incorreu no mesmo equívoco dos petistas: a legislação é também muito clara que o candidato sub judice (e Lula assim o estaria porque recorreu da decisão) deve ter o direito de participar da campanha eleitoral até decisão em ultima instancia, o STF. No Estado mesmo tivemos exemplos bem recentes na eleição suplementar.
Mantida a decisão no STF (e será mantida por a Lei do Ficha Limpa não comporta duvidas) os votos dados a Lula (se a decisão ocorresse após as eleições) seriam anulados. Simples assim.
Mas o TSE decidiu fazer na Justiça Eleitoral como o PT parece querer tratar o Judiciário e o estado democrático de direito: sua propriedade sujeita aos interesses aderentes.
De outro modo: o TSE concedeu ao PT o direito de reivindicar o papel de vítima e de preso político a Lula quando foi condenado (e está preso) por crime comum de corrupção e lavagem de dinheiro a 12 anos de cadeia.