Os partidos da base bolsonarista terão que, inevitavelmente, fazer uma escolha: pendurar ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro no palanque eleitoral.

Na Capital pelo menos cinco partidos bolsonaristas estão no palanque do PL de Jair Bolsonaro.

O recrudescimento das denúncias contra o ex-presidente reverbera, em modo gradativo mas constante, é dado inferir, no conjunto da sociedade.

Composta em larga medida de pessoas honestas, que ralam para sobreviver. Sem passar a perna nos outros ou botar a mão nos cofres públicos.

A maioria, pelo contrário, é tungada pela carga tributária brasileira. Um Estado onde salário é renda, assalariado é rentista.

Os áudios liberados ontem pelo STF denotam que o ex-presidente tinha, sim, como sua propriedade, a República e o Estado brasileiro.

Não era apenas a liberdade para apropriar-se de bens públicos (como as jóias), ou definir sobre 700 mil óbitos da Covid-19, mas decidir inimputabilidades à família.

É curioso, afinal, a forma descarada de defesa. O ex-GSI, deputado Alexandre Ramagem, defendeu ontem que a gravação da reunião seria uma estratégia para flagrar um pedido imoral de um participante.

Como o tal não apareceu (só as advogadas do filho do presidente lá estiveram), não explicou o ex-GSI porque, ainda assim, continuou a gravação. Sem o tal que seria gravado.

Ou mesmo porque advogados do filho do ex-presidente estariam a discutir com o presidente da República e um ministro de segurança nacional, em horário de expediente e no Palácio presidencial estratégias de defesa de um filho do presidente para extinguir processos na Receita Federal do país.

Ainda ontem, a  imprensa nacional divulgava declaração do senador Ciro Nogueira (presidente nacional do PP) - que esteve na capital na semana passada - que até 2026 o Senado terá maioria para conceder anistia a Jair Bolsonaro.

Caso o Supremo Tribunal Federal o condene como prevê a lei penal ser aplicado às condutas que o ex-presidente praticou no exercício do mandato.

Ciro é o mesmo que lançou, na mesma oportunidade na semana passada, o deputado federal Vicentinho Jr (presidente regional do PP) candidato ao Senado daqui a dois anos.

Pelo visto, já coloca sua estratégia de proteção dos desmandos de Jair Bolsonaro em prática. Com o uso vergonhoso do Senado da República. A ver.

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