Um superfaturamento explícito. No inquérito da PF a proposta da cesta básica da MC Comércio de Alimentos, contratada pela Secretaria de Trabalho e Ação Social, é de R$ 62,50 cada cesta básica. A proposta aceita é de 1º de junho de 2020.

Ali, o governo contratou, por exemplo, um pacote de arroz tipo 1 (5kg) por R$ 18,00, açúcar por R$ 5,50, óleo por R$ 5,79, feijão (R$ 7,80), café (R$ 3,80) e macarrão (R$ 3,25).

De 1º a 5 de junho de 2020, o Procon (órgão do governo) registrava em pesquisa de preços (publicada no órgão), com as mesmas especificações da proposta, arroz (R$ 12,99), açúcar (R$ 3,95), feijão (R$ 5,98), óleo (R$ 3,84), café (R$ 2,49) e macarrão (R$ 1,99).

De outra forma: a Setas não se ocupou sequer de consultar os preços que o órgão do governo registrava pelos produtos que adquiria.

Essa MCM era uma empresa de construção civil. Mudou de ramo (para alimentos) numa sexta (29 de maio) e na segunda-feira (1º de junho) apresentava ao governo a primeira proposta no novo setor.

E participou (conforme a PF) de pelo menos 17 processos de contratação para o fornecimento de cestas básicas e um processo para o fornecimento de proteína animal (50 mil frangos congelados), tendo recebido um total de R$ 12 milhões e 271 mil  para o fornecimento de cestas básicas e frangos congelados à SETAS.

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Ponto Cartesiano

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