“Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem”. Essa frase aí não é nova, mas atual. É de Rui Barbosa.
Em função de artigos neste blog tive conhecimento nas redes sociais agora a noite que um candidato em campanha não estaria contente, também, com artigos neste blog. No zap (e nos fuxicos da turma) a coisa corre solta. E que artigos neste espaço fossem direcionados em função de suas expectativas ou contra elas.
Quer um novo mandato, apesar de tudo. Um ex-secretário do governo, ex-auxiliar do próprio (e um diretor de escola) me ligam nesta noite para informar o mesmo: a maledicência que ganha as conversas dos seus aúlicos, alvoroçados com a possibilidade de sua volta. E que empunham os mesmos princípios morais, éticos, arbitrários e tiranos. Na falta de argumentos querem, agora, me retirar de emprego que não mais possuo.
Uma bobabem, o blog é meu, escrevo nele o que quiser, exponho aqui o que penso e pronto. Se ganho alguns tostões, os anúncios aí são claros. É o que penso, ganho a vida, há muito, com miolo de cérebro. Moro do mesmo jeito na Capital desde 92. Egresso de concurso público na Caixa Econômica Federal e de emprego na Organização Jaime Câmara. Os que me conhecem, sabem disso. Saí de casa (Porto Nacional) com 13 anos (como tantos outros) para estudar em Goiânia. Retornei também com tantos com a criação do Estado. Meus pais, irmãos, parentes, papagaio,cachorro moram nas mesmas casas, nas mesmas ruas em Porto Nacional.
Ainda assim, convivi com um canalha governador de Estado no Tocantins que pediu minha demissão de empregos por posições semelhantes. Com chantagens ao veículo de comunicação de não repasse de verba de publicidade oficial. Verba pública. Pedido de demissão pública no pátio do velho aeroporto da Capital. Não se importou, o canalha público, sequer com as testemunhas (alguns até jornalistas). A empresa preferiu ficar comigo às verbas.
Não o conseguiu na década de 90 quando eu exercia a função de jornalista na iniciativa privada nem quando exerci função pública combinada com jornalismo na década de 2000. Agora tenta me demitir de emprego que não mais possuo. Um erro estratégico descomunal que revela continuidade de método e crença na sua imposição. E a mesma tirania.
Canalhice pura. Ainda que me posicione ideológica e racionalmente neste blog, nunca, aqui, quis retirar de alguém, de forma ilegítima, a fonte de sustento de uma família, por força de contrariedade política. Os tiranos e canalhas o tentam como se escovassem os dentes e jogassem a água fora da pia (ou de sua dentição). Sustentados por aqueles que jogam na descarga. Na verdade agridem para intimidar quem os deseje chamar pelo nome que merecem: ladrões de esperança e algo mais.
A canalhice me faz um perdedor: um franco atirador. E o canalha sabe bem o que isto significa. Estou no seu ponto cego, como se nota. Afinal, com mais passado que futuro, filho de um pedreiro e de uma porteira servente e depositário de tanta história de antepassados que lutaram pela criação do Estado, não posso permitir que minhas filhas, com tanta dureza que passamos, sejam levadas a passar adiante que a canalhice é a virtude e não o vício.
Sabem o que sou. E, definitivamente o que não seria.
Os canalhas, relembrando Barbosa, não envelhecem. Ou talvez também envelhaçam. Ainda que muitos os sigam.