A CCR entregou, oficialmente, ontem, obras de reforma no aeroporto de Palmas. Ela venceu, em 2022, uma licitação por R$ 754 milhões (9.000 % a mais do lance inicial) para explorar seis aeroportos por 30 anos. Um deles, o de Goiânia (Santa Genoveva).
As benfeitorias de R$ 36 milhões (que diz ter investido) em Palmas são apenas 20% dos R$ 180 milhões (R$ 1,8 bilhões no pacote) que se comprometeu a aplicar no Lysias Rodrigues na assinatura do contrato de concessão, há cerca de dois anos. Mas se o trata como entrega antecipada.
O fato foi dado superficialmente como se fora uma obra pública. Não é. Pragmaticamente, ademais, seria perfumaria diante da necessidade do Estado de um terminal de cargas internacional. E onde o governo também já investiu alguns milhões.
O clima eleitoral deu oportunidade, por gravidade, a que uma obrigação da CCR fosse prestação de contas públicas. E o ministro Silvio Costa (do Republicanos como o governador Wanderlei) emoldurassem imagens ao lado dos empresários.
E não se falasse sobre os valores que a população do Estado pudesse ter acesso pela entrega do Aeroporto a empresários. O governo do Estado além de aplicar mais de R$ 20 milhões na infraestrutura e na área, entrou com contrapartidas na construção.
Uma equação que fez a Infraero praticamente fechar o aeroporto de Porto Nacional, para dar músculos aos investimentos dos empresários no Lysias e valorizar o pregão.