O esforço dispendido por aliados do governador Wanderlei Barbosa para empreender (no incentivo e propagação) um rompimento com o vice Laurez Moreira, faz levantar uma questão relevante: qual a idéia da idéia? Para onde esta mente se dirige?
É extremamente importante para ambos os lados (e para a população de modo geral) compreender a ordem de natureza dessa força, a sua cognição reflexiva. Para que serve?
Já há de fato um distanciamento entre ambos e ações dele consequentes que politicamente tendem a reforçar a sua idéia. E de novo a pergunta: qual a idéia da idéia?
Como é notório, o vazio de poder impulsiona governadores a disputar o Senado. No caso de Wanderlei, poderia disputar novamente o Palácio Araguaia na metade do mandato de senador: após quatro anos.
Laurez, o vice, pode ir só a mais uma reeleição: quatro anos. Um fluxograma favorável ao Governador.
Diferente de qualquer outro (como Eduardo Gomes, Dorinha Seabra, Amélio Cayres os mais destacados) que terá a possibilidade de oito anos (uma eleição com reeleição).
Este é um ponto. Em tese, tem potência para adversidades maiores a Wanderlei do que Laurez. Raciocínio lógico.
Wanderlei em não renunciando, poderá disputar a prefeitura da Capital em dois anos e esperar mais dois para disputar novamente o governo. Ou simplesmente termina o governo e coloca pijama.
Este o ponto eleitoral. Na perspectiva moral e ética, Laurez, cuja esposa é uma desembargadora de Justiça, teria ainda motivos razoáveis para não conspirar contra o Chefe de um dos poderes e do qual é o substituto eventual legal.
Mas ainda assim permanecerá a pergunta: qual a idéia da idéia dos defensores do racha.
Estariam a defender uma nova dupla renúncia impondo a teoria aos fatos? E pior: a quem interessaria a crise e o racha?
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