Nos bastidores políticos há um tema recorrente: quais serão os próximos movimentos do ministro do STJ, Mauro Campbel, relator da ação que resultou na Operação Fames (a das cestas básicas).

Campbel, tudo indica, parece ter os olhos, acaso ou destino, mirados no Estado. Ontem decidiu não autorizar novos desembargadores no Tribunal de Justiça.

Há quem aponte inclinação política (e influências partidárias exógenas) nas suas decisões em processos que dizem respeito ao Estado. Também mera especulação comprovada apenas por ilações de cunho político.

A operação Fames 19 fez busca e apreensão no Palácio, empresas e residências. E resultou na prisão de um empresário e investiga secretários e deputados.

Apreendeu dinheiro em espécie em gabinete próximo ao do governador e bloqueou dinheiro de empresários. Todos tem suas explicações e estão se defendendo.

Muitos escorregam de comentar em público receosos de retaliação por parte do governo.

O processo é público. As acusações assim como as defesas também.

E Wanderlei até aqui, pelo menos publicamente, não intimidou jornalistas. Pelo contrário: tem respeitado posicionamentos.

As especulações políticas, entretanto, tem quatro pontos aparentemente sem nó. Mas que são amarrados.

  1. como Mauro Campbel (o relator) afastou Mauro Carlesse nesta mesma fase (inquérito), os adversários de Wanderlei conspiram mais que os fatos.
  2. do ponto de vista processual analisam que se o STJ tivesse que tomar uma decisão drástica, seria melhor operacionalizada antes do recesso (que começa em 20 de dezembro). Uma reação seria mais dificultada pelo recesso que vai até fevereiro. Daqui a dois meses, "inês seria morta." E não é bem assim.
  3. No afastamento (como em Carlesse) assumiria o vice, Laurez Moreira, com direito à reeleição, dado que não se trata de inquérito eleitoral.
  4. E aí o poder político palaciano seria deslocado para a senadora Dorinha Seabra (que depois do Republicanos do governador elegeu mais prefeitos). E, nas circunstâncias políticas atuais, é a parlamentar com maior capilaridade no Estado.

Tudo, como quase tudo na política, especulação. E que o Palácio não reage politicamente de público para não passar recibo.

Por enquanto não há nada decidido no STJ, apesar da conclusão do relatório.

Mas paira sobre Wanderlei a mesma sombra que ele, como vice, presenciou sobrevoando Mauro Carlesse em 2020.

Enquanto isto, o governador vai colhendo ativos do crescimento da economia e do desempenho fiscal que realizou nos últimos quatro anos. E que tem desembocado nos mais de 70% de aprovação popular de seu governo.

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