O governo tem técnicos sérios na Fazenda e no Planejamento.
Todos eles tem sua explicação para preservar a vontade política do Chefe do Executivo e justificar a recaída dos números fiscais.
Reducionismo puro. Dois mais dois não dão um.
Muito explícito no comparativo de receitas e despesas (publicado na quinta) e no RREO/1º BIM na página da Sefaz.
Neles, o governo alterou o orçamento de despesas correntes no 1º bimestre em 2,46%.
Passou de R$ 12,675 bilhões (LOA 25) para R$ 13,057 bilhões no bimestre. Ou: R$ 382 milhões a mais.
Já as despesas de pessoal foram calibradas em 1,44% no bimestre. Saiu de um orçamento no Executivo de R$ 8,394 bilhões (LOA 25) para R$ 8,514 bilhões. Ou: 121 milhões a mais.
Por outro lado, Planejamento e Fazenda mantiveram sem alteração o valor previsto para receitas correntes, impostos e transferências.
Manteve os R$ 15,014 bilhões de RC da LOA 25, os R$ 7,586 bilhões de transferências correntes e os R$ 5,265 bilhões de impostos.
De outro modo: aumentou no primeiro bimestre a previsão das despesas anuais. E manteve o valor das receitas.
Isto indica que, por mera contabilidade, mantida a inércia, o governo prevê fechar no negativo. Afinal, receita tem que ser igual a despesa na contabilidade.
E aquilo que se enxerga (pelos números do próprio governo) é a previsão de mais despesas do que receitas no encerramento do ano pré-eleitoral.
Mas para Amélio Caryres e seus 20 camaradas, tá tudo numa boa. Tem o segredo que abre a caverna.