O presidente do Legislativo estadual, deputado Amélio Cayres, protocolou ontem (27 de março de 2025) no Tribunal de Contas do Estado, as contas da Assembléia Legislativa do exercício de 2024.

No balanço, Amélio informa ao TCE que a Assembléia necessitou no ano passado de suplementação orçamentária de 30,17% (acima do orçamento projetado) para suprir as necessidades da Casa. A inflação de 2024 foi de 4,83%

A suplementação é o dobro da suplementação de 13,47% (para as mesmas finalidades) realizada pelo Executivo ao Legislativo constante no balanço da Assembléia de 2023, já com parecer favorável do TCE. A inflação de 2023 foi de 4,62%.

Os destaques de 2024 são a elevação dos custos de informática de R$ 4,7 milhões (2023) para R$ 6,9 milhões (2024). E os R$ 26,7 pagos a limpeza e vigilância.(R$ 26,8 milhões em 2023).

E ainda em 2024 o montante de R$ 13,7 milhões de apoio a deputados, R$ 12,7 milhões de Codap, R$ 1,054 milhões (auxílio moradia), R$ 4,7 milhões de verba de representação e R$ 4,5 milhões de locação de veículos.

O Legislativo pagou também em 2024 o montante de R$ 8,2 milhões à empresa construtora da nova sede. Segundo o balanço, a empresa já teria cumprido 18,5% da obra.

Evidente que uma simples regra de três levaria a uma obrigação de pagamento, pelo cumprimento do contrato, de apenas R$ 3,4 milhões.

Amélio foi bondoso, apesar da medição obrigatória: pagou mais que o dobro da obrigação legal. Ou: R$ 4,8 milhões a mais que o necessário.

Isto aí é um dos desempenhos que, paradoxalmente, animam a candidatura de Amélio ao governo.

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