O racha unilateral da base governista em favor de Amélio Cayres dá um canto de carroceria mais forte na senadora Dorinha Seabra (UB) e no deputado federal Carlos Gaguim (UB).
Nos bastidores políticos é dada como certa uma chapa majoritária com Amélio Cayres (Republicanos), Eduardo Gomes (PL) e Alexandre Guimarães (MDB).
Isto se Wanderlei manter-se fora, algo, em tese, improvável dada a intensidade da campanha do Chefe do Executivo e da intenção da primeira dama em candidatar-se. Guimarães, assim, faria o papel de esquentar a vaga.
Gomes estaria alinhado à movimentação. O blog tentou nesta sexta a posição dos envolvidos, sem êxito. Na oposição, a avaliação é a de que a reunião se propôs a ser apenas pressão em Wanderlei para decidir publicamente sobre o apoio a Amélio.
Wanderlei tem sido refratário, pode-se deduzir, em função da inexpressividade da aceleração do deputado. E 20 deputados podem não significar votos suficientes para eleição majoritária.
Amélio e os 20 camaradas entraram na loja de cristais com a leveza de elefantes. E, tudo indica, prevalece ainda o medo de serem atingidos pelos estilhaços dos cacos de vidro voluntários ou não.
Impulsiona-os, com reduzida margem de erro, os dividendos políticos do vice Laurez Moreira nos municípios. Laurez está, também, em campanha declarada.
Mantém também entendimentos com pelo menos oito dos 20 camaradas que se apresentaram para a foto com Amélio na última quarta.
E entabula aliança com o senador Irajá Abreu (PSD) e o deputado federal Vicentinho Jr (PP), em campanha para o Senado.
Obviamente haverá consequências: Dorinha Seabra – como é sabido – não tem a simpatia dos 20 camaradas. A questão é financeira e não política.
E tanto ela como o federal Carlos Gaguim são pretendentes ao governo e ao Senado.
Pela lógica, podem sair independentes (dividindo o governo) ou ir para a oposição onde estará Vicentinho Jr, Irajá Abreu, Tiago Dimas, Cínthia Ribeiro, Laurez Moreira, Ronaldo Dimas e Eduardo Siqueira. E, claro, os prefeitos de Araguaína e Porto Nacional.