Muitos ainda não entenderam porque o governo Wanderlei Barbosa vai bem.
Explico: o governo federal anunciou ontem um contingenciamento (bloqueio no orçamento) de R$ 15 bilhões.
Cerca de R$ 3,8 bilhões disso, por frustração das receitas da União. Achou que ia entrar tanto, e caiu menos nos cofres.
O governo Wanderlei fechou o primeiro semestre com receitas correntes de R$ 10,5 bilhões e despesas correntes de R$ 7,5 bilhões (comparativo de receitas/despesas publicado no DO dei 17/07). Um superávit de R$ 3 bilhões.
Estimava arrecadar nos três primeiros bimestres, por exemplo, R$ 2,906 bilhões de impostos. E colocou nos cofres públicos de receita tributária o equivalente a R$ 4,445 bilhões ((Demonstrativo da Arrecadação - Fonte 500 recursos ordinários, publicado no DO de ontem).
Um desempenho altamente satisfatório, apesar do aumento das despesas correntes no 1° semestre de 2024 que somou R$ 7,568 bilhões. Ou seja, R$ 1,978 bilhões acima dos R$ 5,590 bilhões do 1º semestre de 2023 (RRE0/3° bimestre).
E com despesas de pessoal que elevaram-se a R$ 4,743 bilhões nos seis meses deste ano. Ou: R$ 996 milhões acima dos R$ 3,748 bilhões de 2023.
Mas não precisou fazer contingenciamento de despesas orçamentárias.
Obviamente isto não se dá por inércia, acaso ou repouso. Caso contrário, a União não precisaria dar uma tungada de R$ 15 bilhões no seu orçamento.