O debate nas redes sociais sobre nomeação de diretores de escolas pela prefeita Cínthia Ribeiro se dá impulsionado por perceptível contradição.
Cinthia ainda é a prefeita (competência), as eleições foram autorizadas pela Justiça e a escolha pela lista tríplice (prerrogativa) seguiu o que determina a legislação.
Mas há escolas em que a prefeita escolheu um que teve 33 votos a outro que registrou 206!!! E o bom senso?
É política!!!Ela quer fazer uso da direção para as eleições de 2026!!! Bradam os haters e adversários!! Disseminam fakes!!! por trás do movimento.
Ora, o cargo de diretor de escola é político!!! Seja nomeado, seja eleito. Se eleito, mais ainda. E isto não é Cínthia que estaria inventando.
Não vi movimento similar contrário nas escolhas no TRE, TJ, MPE, TCE por aqui. Ou PGR no DF.
Seria cinismo negar que prefeitos, vereadores ou até sindicalistas deles (diretores) não fizessem cabos eleitorais. E, pela lei, o que não é proibido é permitido.
Diretor de escola também vota e é votado. A própria lista triplice foi instituida para combater a democracia escolar.
Seria mais racional - como querem que o faça agora os adversários de Cínthia- a lei determinar a nomeação do mais votado. E não estabelecer a prerrogativa da lista. Mas é o jogo jogado.
Por que diabos Cínthia não poderia fazer uso de suas prerrogativas? Se deixasse para o próximo prefeito escolher, a decisão não seria política? Os diretores não seriam aliados do Prefeito?
E aí o movimento contrário às escolhas da lista tríplice se mostraria tão político quanto a política criticada das escolhas.
Cinthia não recebe apoio nem mesmo dos sindicalistas da educação, cuja categoria teve seus passivos regularizados. E a prefeitura aplicou na educação até mais que o determinado pela CF.
E, em alguns casos, foram beneficiados com a escolha de Cínthia por lideranças sindicais nas escolas na opção da lista tríplice.
O pano de fundo da crítica, da forma como se mostra, é causar desgaste à prefeita e criar ambiente para que o próximo prefeito anule as nomeações.
E aí se poderia dizer: fez-se justiça e não política. Ora...
Eduardo pode contestar na Justiça tanto as nomeações como o próprio processo eleitoral. Em algumas das escolas é nítido o não comparecimento dos eleitores, comprometendo a representatividade do eleito. Ou nomeado.
Mas aí é outro processo. E,claro, outra oportunidade de desgate para a ainda prefeita que - apesar de estar terminando um segundo mandato consecutivo - tem um ativo inegável, conforme as pesquisas de aprovação popular recentes. E ela tem o canhão do PSDB nas mãos.
É ver como se comportaria a Justiça – caso provocada - para anular uma decisão dessas.