O governador interino Wanderlei Barbosa está se saindo melhor do que encomenda. Assumiu o controle do Estado ainda que cercado pela insegurança jurídica do afastamento do titular mas vai consolidando-se como definitivo por decisões administrativas acertadas que terminam por fechar um arco de alianças e emprestar à situação a natureza de permanente sob o risco de tornar prejudicial ao poder público um retrocesso judicial.

Hoje tem-se conhecimento do convite ao chefe de gabinete do Ministério do Turismo, Hercy Filho e do diretor do Ministério da Agricultura, César Hallun, para pastas importantes no Governo. Ambos com trânsito indiscutível nos Ministérios e no próprio Congresso Nacional. E com potencial político relevante junto a prefeitos.

Já tinha antes entregue a chefia de Gabinete da Casa Civil ao procurador do Estado Deocleciano Gomes. Ou seja, Wanderlei, passada a empolgação da posse, estaria observando nas escolhas perfis mais adequados, tanto do ponto de vista técnico quanto político, a simplesmente entregar cargos ao grupo que lhe seria mais próximo.  

Subentende-se que tenha raciocinado que primeiro seu governo tem que dar certo na interinidade para viabilizar-se como definitivo, com os desdobramentos consequentes na sucessão de 2022. E isto não ocorre apenas por vontade sem representação. Ou seja, parece demonstrar que teria encontrado sua bússola a dirigir o governo atrás de uma biruta em busca do lado do vento.

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