Os partidos políticos acertam detalhes de convenções que escolherão candidatos e coligações. Prazo vai até 5 de agosto. Tem até 15 daquele mês para registrá-las no Tribunal Eleitoral.
É etapa que, no Estado, não fosse a Justiça Eleitoral, poderia ser pulada. Na prática, já estão definidas candidaturas e coligações.
Palmas, com 200 mil eleitores (e 300 mil moradores) – 20% da população do Estado – é, com estreita margem de erro, a síntese dos indicadores dos estratos regionais.
A inércia da pré-campanha denuncia, entretanto, que a disputa na cidade se apresenta mais entre aquele que irá manejar um orçamento de R$ 8 bilhões no quadriênio, os tributários a serem beneficiados com a execução orçamentária do que o projeto de uma cidade.
As pesquisas da pré-campanha mostram um eleitorado dividido e não bi-polarizado. Diferente das eleições de 2022, quando a extrema direita saiu das urnas na Capital com 62,32% dos votos para presidente. E elegeu uma bancada congressista 100%% bolsonarista.
É um grupo que, hoje, torce para que a PGR não aceite ou protele o indiciamento de Jair Bolsonaro pelas vacinas e pelo caso das jóias. Até vão se agrupando partidariamente para reduzir o peso do ex-presidente nas fotos de campanha.
Apesar disso, não se vê, em lugar algum, os partidos circunstancialmente colocados fazendo uso da retórica direita/esquerda que os fatos diários estão a exigir.
E isto, por óbvio, facilita a compreensão de que fossem todos iguais. Ainda que defendessem princípios diferentes. Contrariamente ao que indicam as pesquisas de intenção de votos da pré-campanha.
O risco é sair-se vencedor um prefeito com disposição para encaminhar à Câmara Municipal projetos reacionários e de extrema direita - contra gays e religiões e que tais - desgarrados dos avanços civilizatórios.
Ou que priorizem o fisiologismo e populismo (como o fez Bolsonaro e sua bancada no Congresso) à administração correta dos recursos públicos.
E tenha o aval de vereadores possuidores de igual inclinação, ou que aceitem suas convicções apropriadas por meios ilegítimos - mas consentidos - tal como se dá explicitamente nas atuais circunstâncias eleitorais.
Pensar que Pelé foi execrado em praça pública no país por dizer que brasileiro não sabia votar...criticando o comportamento do eleitor. E não para retirar-lhe o direito de escolha como se tentou no ano passado.
2 Comentário(s)