O Tribunal Superior Eleitoral publicou o teto (limite) de gastos de campanha eleitoral de prefeitos e vereadores este ano.
Sobressai dos limites – sem que se indague a respeito – a discrepância entre eleitores e valores autorizados por município.
Em Gurupi, com 60 mil eleitores, cada candidato a prefeito pode gastar até R$ 3,4 milhões.
Já Araguaína, com quase o dobro de eleitores (118 mil votantes) tem o gasto por prefeito limitado a R$ 1,1 milhão.
Porto Nacional, com 46 mil eleitores, teve autorização do TSE para que cada candidato aplique na campanha R$ 1,1 milhão. Igual Araguaína.
Palmas, com 209 mil eleitores (até julho/2024) terá, cada candidato, um limite de R$ 11,4 milhões (primeiro turno).
Significa que o maior custo por voto se dará (estatisticamente), em números relativos, em Gurupi: R$ 56,6 por voto. Maior que R$ 54,5 de Palmas, R$ 23,24 (Porto) e R$ 9,3 de Araguaína.
E de onde vem a discrepância: do exagero de gastos de candidatos nas eleições de 2012, prestação de contas de que faz uso o TSE para referencial.
De outro modo: o candidato que gastou menos não puxou para baixo os gastos já que o TSE optou pelo gasto a mais. Um paradoxo.
Lá, Marcelo Lélis (PV) declarou gastos de R$ 16 milhões e Carlos Amastha R$ 8 milhões na Capital.
Em Gurupi, Mauro Carlesse declarou receitas de campanha de R$ 5 milhões.
Em Porto Nacional, Otoniel Andrade R$ 1,6 milhão e Ronaldo Dimas (Araguaína) também R$ 1,6 milhão.
O referencial foi repicado em 2016, 2020 e agora em 2024, só corrigindo pelo IPCA.
Obviamente que os gastos de 2012, considerando o publicado, foram certamente fora da casinha. Não para o Tribunal Superior Eleitoral.