Há, de fato, alterações mais substanciais que simples alternância de conveniências políticas no pós-eleição do prefeito eleito Eduardo Siqueira.
São mudanças visíveis que afastam aquele Eduardo de Siqueira do hoje Eduardo de Eduardo, sem menosprezo da dimensão do pai, mas iluminando a figura do filho.
Saído praticamente do quase zero referencial há um ano e hoje prefeito da Capital por seus próprios pés.
É um Eduardo amadurecido preocupado, com toda razão, em realizar uma boa administração.
Tem ciência (por sua própria experiência pessoal) que dela depende sua sobrevivência política e a oportunidade de consolidar um legado positivo. E até disputar o governo como era o desejo do pai.
Eduardo promete não cometer os equívocos do passado. Disse ao blog que vai conversar com vereadores pelo menos uma vez por semana (todas as terças) e reunirá o secretariado toda segunda-feira. “O resto do tempo vai ser nas ruas, fiscalizando obras, ouvindo a população sobre suas demandas”.
Sobre a relação com a bancada congressista, disse que vai respeitar deputados e senadores. “Já conversei com a líder da bancada (senadora Dorinha Seabra) e vamos manter entendimentos”.
Disse que fará adequações, mas não demitirá. E que vai utilizar o Instituto 20 de Maio e a Fundação de Saúde para capacitar e qualificar servidores. ”Vão passar por seleção”, disse.
Tem noção clara da importância fiscal e que vai incentivar empresas para a Capital e um dos atrativos seria o ITBI, dado que o ISS praticamente será extinto com a implementação da reforma tributária.
Sobre política, diz que quer apenas governar a cidade, fazer um bom governo e candidatar-se à reeleição. Possibilidade de disputa estadual só após a metade de um eventual segundo mandato (daqui a seis anos) na prefeitura de Palmas.
Só possibilidade. Isto porque Eduardo disse ao blog que quer completar os dois mandatos (se reeleito).E disse que o sonho de ser governador "já foi, deixou de existir". E que não disputa o governo deixando o mandato.
Estaria aí o marco temporal e eleitoral de Eduardo.
