A decisão do PT da Capital de eleger o empresário João Vilela vereador de Palmas é uma posição inteligente da direção metropolitana.

Mesmo que conserve peculiaridades, contradições e paradoxos, acerta o partido.

Mas também aponta, por outro lado, a dubiedade da direção regional. E com ela, a constatação do declínio petista.

Vilela é um dos primeiros empresários de Palmas e tem o apoio do ex-candidato e ex-deputado do partido, Paulo Mourão, outro empresário.

Mourão, como se sabe, saiu das eleições municipais pior do que entrou e não obteve de Lula a reciprocidade sobre o que contribuiu para sua eleição presidencial.

Teve sua candidatura rifada por Lula e o PT regional.

Situação muito explícita nos recursos do fundo eleitoral destinados à disputa estadual.

Em menor volume do que o partido mandou para os candidatos a deputado federal, como o próprio presidente regional, ex-deputado Zé Roberto.

A confusão petista, como se sabe, não é regional.

Pretextando governabilidade e quando titubeia na relação com o ditador Nicolas Maduro, Lula e o PT entregaram o governo ao centrão, formado pelos parlamentares mais fisiológicos e enrolados do país.

E pode piorar com a possibilidade (disseminada pelo próprio Lula) de levar para o Ministério o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Representante do que há de pior na política brasileira.

Movimentação que avaliza o PT regional a entrar com tudo na campanha bolsonarista de Janad Valcari em Palmas.

E, ao mesmo tempo, entregar, na prática, seus diretórios e comissões executivas municipais ao bolsonarismo me desfavor de candidaturas próprias.

De forma que não foi só o bolsonarismo que passou a régua no petismo. Tudo indica que a derrota previsível antecipadamente nas eleições foi contratada pelo próprio PT.

Com a decisão por Vilela, o partido tenta reencontrar o rumo  pelo  menos na Capital. Mas do ponto de vista eleitoral, terá que combinar com a Federação PV/PT/PCdoB.

A contabilidade os reúne e a seus votos numa só legenda.

Ou seja, para eleger Vilela não é necessário só o voto do petismo que resiste. Mas dos candidatos das demais legendas federadas.

Uma catarse. Tanto o ponto de partida como de chegada dessa guerra de movimentos.

Hoje é domingo, do pé de cachimbo, cachimbo é de ouro.....

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