O governo publicou ontem uma delegação de onze pessoas para viagem de 10 dias na Suíça (21 a 31 de janeiro).
No Diário Oficial não cita que a comitiva vai acompanhar o governador Wanderlei Barbosa. É o Forúm Econômico Mundial que acontece de 20 a 24 de janeiro.
No DO, entretanto, a justificativa da viagem é outra: sustentam a necessidade de dois secretários, dois deputados, dois jornalistas e outros cinco servidores em três eventos:
1) dois seminários realizados por publicações jornalísticas
2) protocolo de “negociação para restauração florestal” em Villars-sur-Ollon.
A cereja do bolo, além dos alpes suíços, é a rachadinha das despesas de servidores públicos.
Parte pela Mercuria Energy Trading SA e as diárias pelo Estado.
A Mercuria é aquela empresa escolhida para comercializar os créditos de carbono do Tocantins. Coisa de R$ 2,5 bilhões (conforme o governo) até 2030. Um portento de vento.
E por que: relatório do Inpe (dezembro/24) demonstra que o Estado registrou no ano passado o segundo maior índice de desmatamento do cerrado (24,71%). Só desmatou menos cerrado que o Maranhão (30,42%).
Apesar de, no desmatamento geral na Amazônia Legal, ter reduzido a área desmatada. Uma queda de 28,12% em relação a 2023.
Ou seja, dificuldades para sequestrar carbono. Mas quem sabe poderão extrair alguma expertise da neve dos alpes suiços para aplicarem na República Livre do Cerradão.