É óbvio que se está diante de uma situação que sinalizaria à população, paradoxalmente, a diferença entre candidatos e candidatos. A amplificação de conversas entre pelo menos três candidatos (Marcelo Lélis, Eli Borges e Alan Barbiero) para orientar seus eleitores ao voto útil contra Cínthia Ribeiro, além de desespero de causa que expõe, denota personalidades e desapreço democrático.
É um grupo que pode ter outro candidato a aproximar-se, Tiago Andrino, considerando suas explicações ao T1 Notícias da jornalista Roberta Tum em que descarta o ajuntamento mas realça que tem conversado com os demais candidatos no sentido de o apoiarem, deixando suas candidaturas de lado. Na prática, inclui-se no ajuntamento que, retoricamente, diz descartar. Desde que seja em seu favor.
O "ajuntamento" não se deu e é provável que não se dê não por falta de vontade dos confrades. Mas por excesso de vaidade já que nenhum deles se dispõe a abrir em favor do outro. E todos querem que os outros abram alas para sua passagem.
Sem preocuparem-se com suas biografias nem com os recursos do fundo especial e partidário que já receberam e não poderão fazer uso (teriam dificuldades para prestar contas) já que não podem mais realizar coligações.
Para se ter uma idéia (prestação de contas de 25 de outubro) Alan recebeu R$ 740 mil, Eli Borges (R$ 400 mil), Marcelo Lélis (R$ 293 mil), Junior Geo (R$ 800 mil), Vanda Monteiro (R$ 2 milhões e 900 mil)e Tiago Andrino (R$ 1 milhão e 200 mil). Tudo isto aí do fundo especial e partidário.
E Cínthia segue livre.