A demora da declaração de apoio da prefeita Cínthia Ribeiro e o deputado Junior Geo (PSDB) à candidatura de Eduardo Siqueira (Podemos) no segundo turno não é assintomática.
Talvez incentivado pelo resultado do 1º turno, os formuladores políticos do candidato do Podemos não tem conseguido evitar a mudança do candidato.
Eduardo tem sido refratário a acordos programáticos e “esnobado” aliados no segundo turno, diferente de como conduziu-se no primeiro. O PT deve ter sentido claramente o fato no Barracão da Vitória ontem.
Algo a que os líderes do PSDB já teriam sido expostos antes. Daí a não oficialização de apoios que, a priori, estivessem garantidos após as declarações do PSDB depois do resultado.
Como é óbvio, Eduardo só passou para o segundo turno em função da votação de Junior Geo.
A diferença de Eduardo para Janad foi de 11 mil (teve 62 mil e Eduardo 51 mil votos).
Janad precisava apenas de mais 9 mil votos para vencer no primeiro turno (metade mais um dos 158 mil votos válidos).
Junior Geo, do PSDB, saiu das urnas com 44 mil votos. Só sete mil votos separaram Geo de Eduardo. E Geo tem, em larga medida, um voto orgânico.
Não é situação para Eduardo Siqueira retornar com o “príncipe” que negou durante a campanha do 1º turno. De igual modo como acende a luz amarela nos potenciais aliados.
E se Eduardo perde um lado, Janad ganha de outro. Também pela lógica.
