Empregados coordenados por centrais de trabalhadores postavam-se ontem na sede do governo em São Paulo com cartazes e reproduzindo gritos contra os vetos de Jair Bolsonaro e em favor da manutenção da desoneração da folha de salários na indústria. O desatento poderia entender que as bandeiras vermelhas da CUT e CGT quisessem afrontar a Fiesp como nos tempos da dêbacle do ABC.
Filosoficamente, a priori, partindo-se de um calendário reacionário e anacrônico, ao defenderem a desoneração estariam ao lado do capital e, paradoxalmente, de forças de direita representadas pelo próprio Bolsonaro eleito pelos setores que ganham, de forma direta, com a desoneração que, por outro lado, atinge o trabalhador na via indireta.
A movimentação como que conflita com o estoicismo na relação de consequência física ou causalidade, naquela de “se faz dia, está claro”. Se é certo que faz dia, não se pode atribuir, pela lógica, que claro se dá por sua causa. De outro modo: o claro não seria responsabilidade apenas do patrão.
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