Os políticos, via de regra, não vêem o blog com bons olhos. É razoável. Muitos sabem que os conheço quando andavam de bicicleta e havaianas pelas ruas de terra de Palmas.
Não ganharam herança e nem trouxeram nada, além de sonhos, ao Estado. E subiram na vida sem maior esforço do que a habilidade política para gastar saliva.
Uns ainda guardam certo pundonor e não são dados aos holofotes. Outros não tem pudor algum e seguem a vida na flauta.
Mas não sou policial, advogado de defesa, promotor ou juiz. Escolho apontar seus equívocos e sair aqui condenando-os antecipadamente sem ter provas. Meu ponto não é o cidadão, e sim suas ações públicas.
Apesar desses milhões circunstancialmente investigados (uma migalha de bilhões de reais desviados dos orçamentos) a maioria da população do Estado segue como no ex-Norte. E os dados são oficiais.
O Cadastro Único do governo federal (agosto de 2024) aponta que no Tocantins existem 359.729 famílias cadastras nos programas do governo federal.
Destas, 146 mil e 351 famílias (41% da população cadastrada) está na pobreza. Significa 584 mil pessoas (considerada uma família de quatro membros/IBGE).
Outras 84 mil e 207 famílias (336 mil pessoas) são consideradas de baixa renda (23%). Os dados são desta terça.
De Mauro Carlesse (2018) até agosto/2024 o número de cadastrados cresceu 28,6%. Eram 279 mil cadastrados em agosto de 2018. Ou seja, migraram para o cadastro único mais 80 mil famílias (320 mil pessoas) em seis anos.
E o que aconteceu do outro lado: o PIB do Estado passou de R$ 35 bilhões (2018) para R$ 51 bilhões (2023). Um crescimento de 45,7%.
E as receitas correntes do governo pularam de R$ 7,4 bilhões (2018) para os atuais R$ 12 bilhões (julh0o/2024). E cuja previsão para dezembro é de R$ 15 bilhões. Ou seja,
A pergunta é: que funções desempenham governos e políticos. E: para onde caminham e que Estado pretendem legar a gerações futuras com essa sangria.