O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa; e o ministro dos Transportes, Renan Filho, inauguraram nesta terça-feira, 10, o terminal rodoferroviário de Alvorada, na região sul do Tocantins. A inauguração da estrutura, que tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de toneladas de grãos por ano, contou também com representantes da Rumo, empresa de logística ferroviária do Grupo Cosan; e da CHS Agronegócio. Também estiveram presentes no evento a primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero; e o vice-governador Laurez Moreira.

Na ocasião, o governador Wanderlei Barbosa destacou a importância do terminal para o estado do Tocantins, pontuando as parcerias que proporcionam crescimento para o estado. “Fico muito feliz com a presença do ministro neste evento histórico, mostrando o apoio do governo federal ao nosso estado. Esta é uma obra muito importante para o país e também para o Tocantins. Estamos diante de um terminal que vai proporcionar crescimento econômico e toda essa logística é essencial, pois o Tocantins vem crescendo com tudo isso. Vamos continuar alinhando parcerias com o governo federal e também com as iniciativas privadas, sempre buscando o bem da nossa população”, ressaltou o chefe do Executivo estadual. 

Terminal rodoferroviário de Alvorada

Implantado em uma área de 70 hectares, com vocação multimodal de armazenagem e transbordo de grãos, o empreendimento coloca o Tocantins no caminho da exportação do Brasil. Essa ligação ferroviária torna Alvorada um ponto estratégico para o transporte de cargas, uma vez que é conectado à Ferrovia Norte-Sul, sob concessão da Rumo, que liga os estados do Tocantins, de Goiás, de Minas Gerais, do Mato Grosso e de São Paulo ao Porto de Santos, abrangendo quatro das cinco regiões do país.

A infraestrutura conta com a construção de um pátio em formato circular, que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem. As obras de adequação e construção geraram cerca de 150 empregos diretos. Para a operação do terminal, serão empregados 65 profissionais diretamente. A expectativa é de que a infraestrutura do terminal movimente cerca de 1,5 milhão de toneladas de grãos por ano, com destino ao Porto de Santos, em São Paulo, com composições de até 80 vagões partindo do município tocantinense.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, evidenciou que o Tocantins vai progredir bastante com essa obra, uma vez que o terminal em Alvorada se encontra em um ponto estratégico para o escoamento da produção. O ministro comentou, ainda, sobre o potencial do Tocantins e como o estado cresce com as parcerias. “Hoje [terça-feira, 10], estamos inaugurando este primeiro terminal multimodal, que vai receber cargas de grãos daqui e de outros estados, transportando a produção da Região Norte pela malha ferroviária até o Porto de Santos. Sabemos do potencial deste estado e, agora, estamos diante de um momento muito importante, pois não temos dúvidas de que esta região crescerá ainda mais. É fundamental que trabalhemos juntos”, salientou o ministro Renan Filho.

O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira, enfatizou que o terminal representa um grande impulso para o desenvolvimento da região e lembrou, ainda, a melhoria da infraestrutura que vem sendo realizada na atual gestão. “Fico extremamente feliz em participar de um momento tão significativo. A inauguração deste terminal, sem dúvida, viabilizará o uso da nossa ferrovia”, pontuou.

Operação

Inicialmente voltado para o transporte de soja e milho, o terminal será operado em conjunto pela Rumo e pela CHS, seguindo o conceito dos demais terminais da Malha Central, que funcionam em regime de pool e bandeira branca. Dessa forma, todos os clientes farão estoque único, misturando e depositando seus produtos de acordo com as classificações de qualidade prévias. Este é o primeiro terminal a marcar a expansão da Rumo Malha Central (Ferrovia Norte-Sul) no Tocantins após a conclusão das obras da ferrovia. Além disso, o município é considerado o principal ponto de carga e descarga de grãos da região sul do estado, com ótimas condições para receber os fluxos do oeste da Bahia e do leste do Mato Grosso.

O projeto representa um importante avanço no desenvolvimento logístico do país e tem como objetivo proporcionar maior eficiência no transporte de cargas, gerando maior competitividade para os produtores locais e fomentando o crescimento da produção agrícola na região.

O vice-presidente de negócios agrícolas da CHS na América do Sul, Horácio Ackermann, salientou que o terminal vai melhorar o escoamento da produção no agronegócio, com impacto em todo o território nacional, uma vez que a ferrovia liga diversos estados. “Esse projeto reforça o nosso compromisso com o agronegócio brasileiro. Estamos em um ponto estratégico e a cidade de Alvorada tem grande potencial. Com a conclusão do nosso projeto, estamos levando o agronegócio do Brasil para outro patamar”, declarou o vice-presidente. 

O CEO da Rumo, Pedro Palma, destacou a importância do estado do Tocantins para o agronegócio. “O Tocantins é um sonho para nós. Queríamos muito operar neste estado e, agora, estamos executando um projeto que conecta o Tocantins ao sistema ferroviário nacional, ligando-o a um dos principais portos do Brasil, o Porto de Santos. O estado ganha, o país ganha e mostramos aqui a parceria entre o setor público e a iniciativa privada, resultando em melhorias para a cadeia produtiva”, frisou. 

O produtor de grãos Rudimar Borghetti entende que a inauguração do terminal é importante para o estado e para os produtores, pois oferece mais uma opção para o escoamento da produção. “Isso é muito importante para nós, já que antes a nossa produção era escoada apenas por São Luís, no Maranhão. Com a inauguração deste terminal, teremos acesso ao Porto de Santos, o que vai baratear o frete e permitir que o produtor consiga um melhor preço para a soja, trazendo ainda mais benefícios para o nosso estado. É importante essa parceria entre a CHS e a Rumo para o Tocantins e para o Brasil”, pontuou o empresário.

Ferrovia Norte-Sul 

A Ferrovia Norte-Sul é considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte ferroviário, conectando, entre outros, os portos de Itaqui, no Maranhão, e de Santos, em São Paulo. A construção começou na segunda metade da década de 1980. Ao todo, a ferrovia tem 2.257 km e atravessa quatro regiões.

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