A Divisão Antirroubos da Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 27, em Araguaína, a operação “El Lobo” que visa desarticular uma organização criminosa envolvida no extravio de veículos apreendidos, que ficam retidos no pátio da Sancar Gestão Empresarial e Logística de Veículos. Foram cumpridos três mandados de prisão contra os três pessoas apontadas como cabeças da organização criminosa e 12 de busca e apreensão. Um dos alvos acabou sendo preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo, a qual foi apreendida. Diversos veículos também foram apreendidos durante a operação.

 

O delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DRR - Araguaína), Fellipe Crivelaro, explica que um dos alvos principais da investigação é o gerente comercial da empresa Sancar.

 

“Essa operação visa desmantelar uma organização criminosa que estava voltada a fazer o extravio de motocicletas apreendidas. A pessoa tinha a motocicleta apreendida por alguma infração e algum tempo depois, a organização criminosa vendia esse veículo, em sua maioria para compradores do estado do Pará. Conseguimos individualizar pelo menos 55 veículos subtraídos, mas isso não quer dizer que são só esses. Acreditamos que seja muito mais que isso, 55 foram só em relação ao gerente que teve o celular apreendido, que pode elucidar outros pontos da investigação”, destacou o delegado Fellipe Crivelaro.


 

Boletins falsos por furto

A investigação revelou que cada motocicleta era revendida em média por R$ 3 mil. “E quando dava algum problema, como por exemplo, uma dessas motos ser vendida para alguém mesmo da cidade e aí acaba recebendo uma multa por infração, a conta chegava para o proprietário que procurava a empresa e reclamava como poderia estar recebendo multa se a moto estava lá apreendida? Aí esse gerente procurava uma delegacia e registrava um falso Boletim de Ocorrência por furto, dizendo que o veículo foi furtado de dentro do pátio, só que na verdade ele mesmo vendia essa motocicleta”, explicou o delegado.

 

Foi apurado que o gerente registrou falsamente pelo menos 20 Boletins de Ocorrências. Além de responder pelo crime de comunicação falsa de crime, o gerente também responderá por peculato, assim como os demais envolvidos.

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