A Federação das Indústrias do Estado ao ingressar na Justiça contra o Ipespe o faz em defesa da instituição com histórico de seriedade no Tocantins.
Faz pesquisas eleitorais praticamente desde a criação do Estado. Um trabalho relevante que ajuda na discussão dos rumos dos muncípios e do Estado.
Viu-se apenas agora involuntariamente envolvida numa movimentação privada/partidária com sugestivos desvios éticos e morais.
A Fieto toma decisão firme e acertada. O desvio havia sido apontado por este blog no sábado.
O PL apontava que o candidato Junior Geo teria comprado uma pesquisa. Pesquisas são autorizadas pela legislação, desde que registradas na Justiça Eleitoral.
O PL (como é público no site do TSE) pagou, na campanha, R$ 270 mil de pesquisas ao Ipespe.
O problema é que o mesmo Ipespe havia sido contratado pela Fieto para realizar pesquisas eleitorais.
A Fieto sempre fez com o Vetor. Este ano, por motivos alheios à instituição, teve que contratar outro: o Ipespe.
Ou seja, o Ipespe contratado pela Fieto para realizar pesquisas eleitorais, tambem fazia pesquisas e auxiliava a candidata do PL numa disputa que tinha quatro concorrentes.
Mesmo que separasse as estações, do ponto de vista ético, um desvio. Trabalhava pára uma candidata e fazia pesquisas para uma instituição sobre o desempenho eleitoral de todos os candidatos.
Numa delas, no dia 4 de outubro (dois dias antes do pleito) o Ipespe (pesquisa contratada pela Fieto) apontou, na estimulada, 50% para Janad Valcari. E nos votos válidos, 52% para a deputada.
As urnas revelaram uma Janad menor que apurou o Ipespe dois dias antes: apenas 39,22%. Ou: 13 pontos percentuais a menos do encontrado pelo Ipespe. Uma margem de erro planetária de 13 pontos percentuais.
Tudo poderia ser explicado (como o fazem os marqueteiros e donos de instituto de pesquisa) com o fator circunstancial, não fora os R$ 270 mil pagos pelo PL ao Ipespe por suas próprias pesquisas.
A eleição de Palmas este ano, como se nota, tem sugestão de dutos por tudo quanto é lado.