A prioridade agora é tentar uma política de sobrevivência das empresas e do emprego. A declaração é do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, Roberto Pires, ao blog na tarde desta terça, avaliando a necessidade de manutenção por parte do governo federal da desoneração da folha de pagamento. O veto de Jair Bolsonaro à desoneração deve ser apreciado amanhã pelo Congresso.
Pires salientou a necessidade de criar ações para aquecer a economia. "Acho inadequado descontinuar a desoneração", falou dirigente, salientando que a crise exige estímulos ao empresariado. Para ele, a desoneração foi criada em 2018 (com validade até 2020) justamente para ajudar as empresas a manter empregos e a ecoomia funcionando com a crise.
Ele ilustra que eram 39 setores desonerados e que depois foi alterado para apenas 17 setores. "Só que ninguém imaginaria uma pandemia, essa tragédia toda", justificou Pires
A indústria no Tocantins é responsável por um PIB de R$ 4,8 bilhões e emprega 28 mil trabalhadores no Estado. A movimentação industrial representa 14,7% do PIB regional. Destes, 34,1% vem da construção civil. Outros 28,4% (serviços industriais de utilidade pública), 22,5% (industrias alimentícias), 5,2% (minerais não metálicos) e 1,5% (indústria química).
De janeiro a setembro, a indústria recolheu de ICMS aos cofres do governo do Estado o montante de R$ 385.714.034,00. Um valor 5,11 % superior aos R$ 366.970.816,00 do mesmo período no ano passado. De uma arrecadaçao de R$ 46 milhões (janeiro) o setor viu os recolhimentos reduzirem para R$ 40 milhões (fevereiro), R$ 37,2 milhões (março), R$ 32,4 milhões (abril) e R$ 29,8 milhões (maio). Deu início à recuperação em junho ( R$ 38,7 milhões), julho (R$ 50,7 milhões), agosto (R$ 55,7 milhões) e setembro (R$ 54,5 milhões).