Dia sim, outro também, determinados portais de notícias reverberam o processo do STJ que deu origem à Operação Fames-19.
Como de agosto até hoje não houve movimentação no processo (decisões judiciais), a repetição das acusações (ainda sujeitas a investigações) servem-se a duas finalidades imediatas.
- retroalimentar perspectivas de poder não consumadas e,
- levar insegurança ao governo para dar sustentação a decisões jurídicas “necessárias” à segurança.
E consequências mediatas:
- posse de um novo governo e nova composição de forças políticas dela decorrente.
- Definição, por antecipação, do processo eleitoral de 2026.
A repetição das acusações quase como um mantra aparenta, assim, integrar esse plano.
Não que o governo não tenha decisões equivocadas (as aponto quase que diariamente) e não fosse passível de abrigar servidores praticando desvios.
Mas até decisão do STJ, o governo Wanderlei Barbosa segue, do ponto de vista fiscal, sendo o melhor do Estado.
Muito claro no Balanço Orçamentário publicado no Diário Oficial de ontem. Lá o governo realizou (de janeiro a outubro/24) R$ 13,1 bilhões de receitas e R$ 12,8 bilhões de despesas.
E só tem R$ 951,4 milhões de restos a pagar do período. Ou seja, deve apenas 7,4% do que contratou de janeiro a outubro. E estamos só no final de novembro.
O Estado tem uma receita orçamentária bruta prevista de R$ R$19.891.375.165,92 para este ano. Realizou até esta semana R$19.267.504.796,91. Nos últimos 12 meses teve R$ 19 bilhões de receitas.
De janeiro a outubro de 2024 (observando a receita e despesa brutas), o governo teve um superávit de R$6.164.088.437,08. Teve uma receita bruta de R$19.267.504.796,91 e uma despesa bruta de R$13.103.416.359,83.
A projeção, no final do ano, é de um superávit orçamentário de R$2.031.030.872,69 (receitas de R$ R$19.891.375.165,92/despesas de R$17.860.344.293,22).
Estes números o governo parece ter dificuldade para traduzir à população. Governo nenhum anterior a Wanderlei registrou esse desempenho.
Seria uma defesa incontestável do atual governo.
Mas os operadores políticos do Palácio repisam o primarismo da política miúda de fazer maioria no Legislativo à custa de desgastes políticos maiores.