Sindicalistas da Educação programam para esta quarta uma mobilização nacional.
A pauta diz respeito a demandas da categoria mas é tão fluida que é resumida assim pelos sindicalistas: “em defesa da educação pública” .
Isto quer dizer, opondo regra lógica, que haveriam aqueles que estariam atacando a educação pública.
Os sindicalistas da educação no Tocantins são, em larga medida, filiados ao PT do presidente da República. Um direito democrático.
E o PT regional tem um militante na Secretaria de Igualdade Racial do governo estadual que tem uma base parlamentar bolsonarista. O próprio presidente regional petista é aliado do governo.
Além dessa contradição, entretanto, a militância regional teria, no objeto, dificuldades para aderir à mobilização nacional.
No Estado, os 24 mil e 558 servidores (13 mil e 200 professores) lotados nas 357 escolas (150 mil alunos) da rede estadual não tem muito do que reclamar e que necessitasse mover uma parte que estivesse fixa no setor para dar sentido à chamada mobilização.
O Estado já paga o piso nacional da Educação (que o governo federal informa na LDO 2026 não poder cumprir a partir de 2027).
E o PCCR da Educação, o governo já concluiu os estudos para encaminhá-lo ainda este ano ao Legislativo, como anunciado pelo próprio Wanderlei Barbosa há menos de duas semanas.
Como salários que podem situar-se entre R$ 5,8 mil e R$ 14,9 mil na Educação.
É correção que vai impactar lá nos municípios,alguns quejá não tem orçamento para pagar o piso.
Mas que serão submetidos à pressão para igualar-se aos vencimentos que deverão ser aprovados pelo governo. E aí mais mobilização de uma parte fixa barulhenta.
Deveriam mobilizar-se, também, pela desempenho da educação que ministram.
No último Ideb (2023), a rede estadual pública de ensino, comandada pelos mestres, levou bomba: de 0 a 10, só tirou 4,1. Menor que a rede privada que recebeu nota 5,9.