O anúncio de que o União Brasil e o Partido Progressista oficializarão uma federação na próxima terça pode implicar no cenário eleitoral no Estado.

A federação será presidida inicialmente pelo presidente do UB, Antônio Rueda. E depois, pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) no rodízio estabelecido.

Federação não é fusão ou incorporação. Tem validade de quatro anos. Mas funciona, no período, como uma só legenda.

O UB no Estado já tem uma candidato a governo: a senadora Dorinha Seabra. E outro declarado postulante ao Senado, o deputado federal Carlos Gaguim.

O deputado federal Vicentinho Jr (presidente regional do PP) é confessadamente candidato ao Senado e tem obtido surpreendente resposta não só no meio dos eleitores, mas político.

E ainda tem o impulso do senador Ciro Nogueira, que é verdadeiramente aquele que comanda o PP em nível nacional. Ligação antiga, ainda do então senador Vicentinho Alves que foi secretário geral da mesa do Senado.

E Vicentinho certamente não tem a condição de desfiliação já que na federação não existe a justa causa que pudesse dar-lhe a possiiblidade de outra legenda sem ônus. E Dorinha não iria perder um ativo desse quilate.

A pré-candidata ao governo terá para compor chapa majoritária mais três cargos: vice e dois senadores.

Racionalmente terá que ceder uma vaga a Vicentinho por força da própria federação. E outra ao grupo do Podemos e PSB.

Sendo assim atenderia o grupo dos 5+ que tem três prefejtos já contemplados pela participação do próprio UB na majoritária.

Seria irrazoável (e contraproducente) não fazê-lo e entregar duas vagas da majoritária ao próprio partido em detrimento da composição e da estrutura financeira, partidária e eleitoral.

E do ponto de vista da abertura para negociações e proposta conjunta, os dois grupos são muito próximos e tem projetos coincidentes e não conflitantes. Não à toa convergirem para a federação.

O PP fez 15 prefeitos no ano passado (UB elegeu 37) e tem o 5º maior fundo eleitoral dos partidos: R$ 417,2 milhões no país (2024). Só fica atrás da PL (R$ 886 milhões), PT (R$ 619 milhões), UB (R$ 536 milhões) e do PSD (R$ 429 milhões).

A reunião de terça, assim, não só carimba a Federação, mas a candidatura de Vicentinho ao Senado. Já que a cabeça de chapa do grupo será do UB. Ficando a segunda vaga do Senado e a de vice para os demais.

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