Os números do IBGE desta semana (sobre pesquisa de 2023) demonstram melhora da qualidade de vida da população do Estado.
O governo Wanderlei Barbosa fez, naturalmente, o recorte da redução da pobreza de 2021 a 2023.
A redução da população da extrema linha de pobreza de 7,6% em 2021 para 4,2% em 2023 é um desempenho formidável. Ainda que se considerarmos o crescimento do PIB, falte muito.
Mas é incomum um Estado ver cair, em apenas dois anos, os extremamente pobres de 120 mil para 69 mil. Ou os pobres decaindo de 680 mil para 462 mil.
Estaria, aí, sendo cumprida uma das mais prioritárias finalidades de um governo: combate à fome num Estado que exporta para outros países R$ 16 bilhões de alimentos anualmente.
Muito pouco se deu no ambiente político porque a pobreza faz parte da retórica, mas segue, na prática, alijada das prioridades públicas. Ela só é sentida pelo andar de baixo.
Os números do IBGE derivam de ações do governo federal (bolsa família, comida nas escolas) mas decorre, em muito, do fomento da economia por ações públicas do governo.
Por outro lado, revelam também contradições possíveis: enquanto em Palmas apenas 13,9% são pobres (renda familiar per capita abaixo de US$ 6,85) no Norte eles seriam 35,7% e no Centro-Sul 28,7%.
Em Palmas, 83,2% dos domicílios tem esgoto. No Norte apenas 18% e outros 22,9% no Centro-Sul. Em Palmas, 86,9% das pessoas entre 18 e 29 anos tem no mínimo 12 anos de estudos. Essa taxa cai para 67,5% no Norte e 71.3% no Centro-Sul.
Acesso a internet, no entanto,é quase unanimidade. Cerca de 99% dos moradores de Palmas tem acesso às redes. No Norte são 88,6% e no Centro-Sul 90,5%.
Não é o ideal. Mas uma diretriz que pode levar ao ideado.