A intenção é boa. Mas a matemática pode não ser racional.

No sábado passado, o governo divulgou a realização de shows em comemoração ao aniversário do Estado para os dias 11 de outubro e 12 de outubro.

Uma decisão inteligente. Shows no dia 5, véspera das eleições, empurraria as apresentações para o escrutínio eleitoral.

No domingo entrou em cena a Secretaria Extraordinária de Participações Sociais, comandada pela primeira dama Karynne Sotero.

E informava que a entrada nos shows teria um custo ao povão: 1 kg de alimento não perecível. Nota reiterada ontem no portal do governo.

Os artistas serão Bruna Karla, Gabriel Guedes, Victin (rap cristão), Lukas Agustinho Grelo, a banda Calcinha Preta e Eduardo Costa. E cantores regionais.

Algo na faixa de R$ 1 milhão. Só Eduardo Costa e Calcinha Preta tem cachês de R$ 350  mil e R$ 300 mil.

Tomando como base o kg do feijão carioca (média de preço de R$ 4,59 na Capital/Procon), seria necessário a presença de 21’7 mil pessoas nos dois dias de shows para bancar os cachês.

Sem prejuízo do raciocínio de que o povão pagaria duas vezes: nos cachês que são patrocinados pelos cofres públicos e no pagamento do ingresso.

Mas é que claro que os artistas poderiam abrir mão dos cachês e doá-los à ação social do governo. Se portando com apenas atrativos sem custo para a ação solidária. E não realizando negócios.

No que fariam apenas uma obrigação: o governo e prefeituras tem-lhe enchido os cofres semanalmente com shows nos municípios. Alguns, como o Calcinha Preta, são fregueses de carteirinha.

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