O desgaste dos partidos ligados a Jair Bolsonaro aumenta proporcionalmente às investigações da Polícia Federal e Procuradoria Geral da República.

As provas do golpe de Estado que tentava o “mito” nos quatro anos na presidência transbordam numa aceleração quase que diária.

De modo que os parlamentares bolsonaristas (aí incluída a unanimidade da bancada congressista e a maioria dos estaduais tocantinenses) já deveriam estar preocupados ou ocupados em reduzir as prováveis perdas.

Fica, com efeito, cada dia mais claro que Jair Bolsonaro tramava um golpe militar no país. Expediente cuja consequência imediata seria justamente o fechamento do Congresso e do STF.

E com isto deixaria à mercê de um militar (ou um político populista que os reunisse) a vida privada e pública de qualquer cidadão sem as garantias constitucionais.

Obviamente este bolsonarismo de extrema direita dos parlamentares tem mais de reacionarismo anacrônico, negacionismo científico e muita esperteza mascarada de princípio ideológico.

As emendas do relator e o controle do Congresso por essas franjas estão aí como demonstração. Inércia que dá coragem a parlamentares cobrarem do Executivo R$ 53 bilhões de emendas parlamentares este ano.

Cerca de um quarto de tudo que o governo federal tem para investimento (excluídas as despesas obrigatórias).

Se as provas do golpe contaminarem os parlamentares bolsonaristas (e isto já começa a se dar), é previsível o desgaste eleitoral. Assim como a corrida negacionista, não contra a ciência, mas a negar o bolsonarismo que abraçaram até agora.

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