A expectativa no funcionalismo é que esta semana Executivo e Legislativo aprovem novas medidas em favor da categoria.
O governo tem sido mais que um pai para o servidor público. Eles representam, entretanto, apenas 3,3% da população do Estado.
O Executivo prevê (orçamento corrigido) gastar R$ 9,1 bilhões com salários este ano. O valor é 56,7% superior aos R$ 5,806 bilhões de 2021.
Ou: R$ 3,2 bilhões a mais. A inflação no período (de 2022 até outubro/24) foi de 14,28%.
Os números apontam para descontrole das despesas de pessoal, comprometendo o desempenho fiscal.
O governo mais nocivo para as contas públicas em favor dos servidores foi o de Carlos Gaguim (2009/2010).
O ex-governador, de olho na reeleição, aprovou duas dezenas de planos de cargos sem o demonstrativo de impacto financeiro.
Mandou bala acelerada nos benefícios e despesas sem saber o quanto o governo iria gastar e de onde retiraria receita para bancar os reajustes.
Aliás, ninguém sabe de onde se tira os números para calcular os planos de cargos e salários. O distinto público, que coloca a grana, não tem o acesso.
Gaguim elevou em um ano e meio as despesas de pessoal em 49,4% quando as recentes correntes líquidas cresciam apenas 12,1%. Subiu o comprometimento das receitas com pessoal de 36% para 47% da RCL.
Com Wanderlei, para um crescimento de gastos (2022/2024) de 56,7%, as receitas correntes líquidas aumentaram apenas 42,12% (até o 2º quadrimestre/24). E fechou agosto gastando 46,7% da RCL com pessoal.
Tem a seu favor, em relação a Carlos Gaguim, um ano a mais de governo. E que grande parte dos gastos fosse cumprimento de passivos de governos anteriores.