O Executivo estadual faz hoje o pagamento antecipado do mês de julho dos servidores públicos: R$ 284.328.030,00 líquidos.
O valor é menor do que os anunciados R$ 309.715.473,57 de junho que foi também antecipado, como nos meses anteriores.
A antecipação combina dois fatores relevantes: a vontade política de antecipar e a capacidade orçamentária e financeira para a antecipação. Poderia aplicar a grana e receber dividendos até a data do pagamento.
Para se ter uma idéia, até o 1º quadrimestre, o governo contabilizava R$ 122 milhões de remuneração de depósitos bancários. E reaizou créditos adicionais de R$ 680 milhões a órgãos, resultado do superávit no período.
A área política do governo (inclusive o próprio governador) tem dado mais tintas à segurança financeira que concede aos funcionários, do que a outros pagamentos. Em período eleitoral, mais ainda.
Exemplo: a dívida do governo com funcionários (de janeiro a julho/até esta data) – diferença entre o que liquidou (recebeu o serviço) e o pagamento - é de R$ 224 milhões.
Já nos investimentos (obras) – que geram empregos - dos R$ 386 milhões liquidados, o governo pagou R$ 346 milhões. Um débito de apenas R$ 40 milhões.
Ainda que pague o salário antecipado, haveria mais resíduos a servidores do que a prestadores de serviço/fornecedores nos investimentos.
Adicionando as receitas totais no período (R$ 9,757 bilhões) e subtraindo as despesas empenhadas (R$ 9,525 bilhões), um superávit de R$ 232 milhões.
Já contabilizando as despesas empenhadas como pagas. Mas disto não cuida a área política de levar ao paladar do contribuinte.
E olha que são 110 mil contribuintes cadastrados na Secretaria da Fazenda (julho/2024) contra metade disso de servidores comissionados/efetivos.
No que provoca uma indagação: seriam os servidores mais sensíveis que os empresários na hora de escolhas políticas?