Não é o melhor dos cenários para uma reeleição essa investigação da Polícia Federal sobre as emendas do senador Irajá Abreu (PSD).

Além dos desgastes naturais da investigação do orçamento secreto, o STF pode agrupar a essa ação, a investigação da Operação Overclean. Há o pedido da PF ao STF para isto, por entender que há conexão.

E aí o Senador do PSD estará na  mesma panela de investigação de Mauro Carlesse e Claudinei Quaresemin. Aquela que envolve o Rei do Lixo e que levou o sobrinho do ex-governador à prisão.

O Senador negou irregularidades a O Globo. Disse que sequer tinha conhecimento da investigação que deu entrada no STF  no dia 23 de janeiro. Política & Acessórios não conseguiu falar com o parlamentar nesta sexta.

Irajá, como outros parlamentares, despachou recursos de emendas pix a prefeitos. Até setembro do ano passado, por exemplo (como apontou este Política & Acessórios), Lavandeira (administrada então pelo PSD) estava incluída dentre as 10 cidades do país que mais receberam tais emendas (proporcionalmente ao n º de habitantes). Um relatório da CGU na ADPF 854 no STF.

No Tocantins, até então (setembro/2024), deputados federais e senadores haviam remetido aos municípios R$ 175,2 milhões de emendas pix. Ou seja: 4% de tudo de emendas pix do país e só tem o Estado 0,7% da população brasileira.

Era maior que os R$ 140 milhões (de todo 2023), R$ 86 milhões (2022), R$ 53 milhões (2021) e R$ 27 milhões (2020). Dados também da CGU.

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