Os advogados do governador Wanderlei Barbosa e o núcleo político do Palácio Araguaia devem estar com as orelhas de pé.

A investigação da PF que levou o sobrinho do Chefe do Executivo à prisão preventiva possibilita raciocínios sobre conexões insondáveis.

A justificativa da Operação – como está no portal da Polícia Federal – é esta.

“Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.”

A gênese teria sido um esquema de venda de sentenças no Mato Grosso.

Como o MPE de Tocantins não atua no Mato Grosso, nem a Justiça do Tocantins tem competência estendida, é razoável deduzir que os investigados no Estado foram pescados “chafurdando” em outros processos sigilosos no STJ.

E aí a coisa pode complicar: o governador (que é tio do preso preventivamente) responde por processos sigilosos no STJ. Um deles, aquele da Cesta Básica. E que resultou em busca e apreensão no Palácio.

O governo não emitiu nota sobre o assunto. E nem deveria porque não é investigado na operação e não tem ligação direta com o  MPE e o sobrinho do Chefe do Executivo.

E tanto o MPE como o sobrinho devem ter suas explicações. A fase é mera investigativa. Ademais, caso confirmada a suspeita, seria um atestado de burrice extrema.

Aproximam-os, entretanto, as circunstâncias.

E isto deveria preocupar o governo e ocupar a defesa técnica do Governador.

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