As urnas no próximo domingo indicarão o termômetro das eleições estaduais daqui a dois anos. O aperto que tem passado Ronaldo Dimas, Laurez Moreira e o ex-prefeito Carlos Amastha para fazer seus candidatos revela o pêndulo da sucessão estadual.
Ainda que os candidatos de Dimas e Laurez saiam vencedores, as pesquisas indicam que derrotariam seus adversários por margem mínima de votos. E isto comprometeria os projetos de ambos.
Os dois são declaradamente candidatos ao governo em 2020 com razoáveis motivos: fizeram trabalho reconhecidamente competente por oito anos no segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do Estado. Restrospecto suficiente para terem interesse em governar o Tocantins.
Também não sem alguma lógica, recrudesce o empenho do governador Mauro Carlesse e do senador Eduardo Gomes para derrotarem Laurez e Dimas em Gurupi e Araguaína. No caso desta última, entregando a prefeitura a adversário do governo, do MDB e em Gurupi a uma ex-emedebista.
O senador Eduardo Gomes é filiado ao MDB, mas apoiador do Palácio administrado por Carlesse que o retirou (o governo) justamente do MDB. Parece conseguir mais que unir o MDB em torno de seu nome, algo natural por força de sua liderança política regional e nacional. Mas alinhar o partido a Mauro Carlesse.
Gomes é candidatíssimo ao governo e busca o apoio de Carlesse mas tem artilharia e infantaria para disputar o Palácio Araguaia com ou sem o apoio do Governador. Dai, ainda que apoie candidatos contrários, não estica a corda: mantém distância apenas tática de Laurez e Dimas.
Se conseguir estabelecer uma relação com Dimas e Laurez e manter Cinthia Ribeiro (e Otoniel Andrade eleger-se em Porto) teria, assim, os quatro maiores colégios eleitorais do Estado em seu favor: Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional.
A ver.