Petição protocolada pela Superintendência da Polícia Federal no Estado no Superior Tribunal de Justiça no último dia 22 de abril promete mais dores de cabeça a um grupo de advogados denunciados pela Procuradoria Geral da República (em março) no próprio STJ junto com o desembargador afastado Ronaldo Eurípedes.

Se na primeira denúncia os fatos que teriam dado origem a propinas diziam respeito ao consórcio EMSA/Rivoli e a um empreendimento imobiliário em Araguaína, na petição protocolizada pela PF, agora, sinaliza-se que o mesmo grupo de advogados teriam atuado, pelos mesmo objetivos, na disputa judicial entre a Prefeitura de Palmas, Valor Ambiental e a CGC (Coleta Geral Concessões).

A CGC perdeu a licitação na Capital (administração Carlos Amastha/2015) mesmo apresentando um preço de R$ 33,1 milhões que era cerca de  R$ 4,5 milhões inferior ao da Valor. Ambas (e a prefeitura) foram a Justiça e o processo caiu com Ronaldo Eurípedes.

Aduz a petição da Polícia Federal: “Das dezenas de transações suspeitas realizada por Gedeon (advogado) assim que recebeu os valores relativos ao contrato de êxito da VALOR AMBIENTAL identificamos que pelo menos quatro deles foram direcionados para pagar dívida de CARLOS AMASTHA”.

Vai além a peça da PF: “CARLOS AMASTHA é investigado em vários outros inquéritos que tramitam nesta Superintendência da Polícia Federal e sempre foi representado pelo advogado LEANDRO MANZANO. Iniciada a análise financeira, logo identificou-se que no dia seguinte a primeira parcela recebida pela VALOR AMBIENTAL, dia 02/09/2016, foi compensado na conta do escritório de LEANDRO MANZANO, dois cheques emitidos por GEDEON, cada um no valor de R$ 50 mil”. A PF enumera outras compensações de valores de cheques a outros advogados.

Para a PF, as decisões de Ronaldo Eurípedes no processo da Valor Ambiental/CGC (tanto as empresas como a Prefeitura recorreram) “reforçam não apenas os indícios de que a Prefeitura, a VALOR AMBIENTAL, e o desembargador RONALDO atuavam de forma orquestrada como também revelam a cautela dos investigados em manter veladas suas ações”.

Como é notório, é apenas uma petição. Os envolvidos, agora, irão defender-se e demonstrar equívocos (ou não) da Polícia Federal. Mais um problema. Especialmente para Amastha que quer disputar o governo do Estado no próximo ano.

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