A contratação (sem licitação) de uma empresa (Sancetur – Santa Cecilia Turismo Ltda) pela prefeitura de Palmas para operar 140 ônibus e 10 vans no transporte coletivo de Palmas (contrato de R$ 196,2 milhões publicado no Diário Oficial de ontem) pode ter justificativas técnicas. A empresa ganhará por km rodado.
Mas politicamente tem lá suas contradições. A atual gestão iniciou pregando a licitação e a necessidade daquele empréstimo pela Câmara Municipal.
O contrato de R$ 196 milhões, ademais, sobrepõe-se ao contrato de aluguel oriundo da gestão passada. Haverá, por certo, necessidade de adequações.
Até o ano passado, o sistema de transporte coletivo consumia R$ 52,2 milhões anuais (aluguel) com 100 ônibus.
Os contratos que serão rescindidos foram realizados por chamamento público e serão substituídos por contrato emergencial com a empresa paulista.
A administração iniciou o ano com uma frota de 249 ônibus e 180 em circulação (Relatório de Transição 2024/2025). E 253 motoristas.
A contratação de ônibus novos, por outro lado, se é uma vantagem ao usuário, pode ser também ao empresário.
Isto porque a licitação em curso não faz a exigência de ônibus novos para participar do certame.
Como será remunerada por km rodado, a empresa que assume o serviço certamente sairá na frente no concurso.