As críticas do governador Wanderlei Barbosa ao senador Irajá Abreu esta semana deveriam ser entendidas em sentido diverso de embate eleitoral.

Obviamente que se não tivesse deputados estaduais e federais que o bajulam mais que lhe são defensores ou auxiliares críticos, não necessitaria deixar o papel de governador para responder crítica parlamentar. 

O senador Irajá Abreu tem desempenhado a função, de fato, de oposição ao governo. E tem boa penetração nos municípios. Não à toa foi eleito senador na primeira disputa majoritária de que participou.

Poder-se-ia cobrar-lhe explicações mais elucidativas para, de defensor de Wanderlei, não agora, pretender-lhe punir hoje por desvios que notasse agora e que não observara há três anos.

E não o percebesse antes da campanha de 2022 quando o governador fora reeleito. Afinal, as acusações contra o governador no STJ dizem respeito a seu período de vice-governador.

Até aí, ter-se-ia apenas exercício democrático de oposição, ainda que certo modo suspenso no ar, sem a exposição dos motivos da contrariedade que fizeram-no mudar de lado.

Cada um tem o livre arbítrio para defender aquilo em que acredita.

Nas urnas, para governador, após o racha, Wanderlei teve 58,14% dos votos e Irajá irrisórios 7,61% dos votos.

O problema maior reside na escolha da tribuna: o Senado. Expor no Senado da República situação que nem a Justiça tem ainda juízo de valor, leva mais prejuízos do que benefícios ao Estado.

Afasta empresários e investimentos, depõe contra a institucionalidade e mostra ao país um Estado depauperado do ponto de vista moral e ético.

Caso em que as próprias investigações e processos relatam que não. Há delitos e há inquéritos que seguem seu curso processual. Existem exceções, mas são o que são: exceções.

Ademais, a tribuna do Senado não é lugar para discussão de questões paroquiais. Fora assim, não seriam necessários deputados estaduais e federais.

O senador é eleito para fiscalizar o governo federal!!! E o PSD (partido do Senador) tem três ministérios no governo Lula: Agricultura, Minas e Energia e da Pesca. E esta semana o partido sinalizou querer mais um: do Turismo.

E ainda não se viu ou ouviu discursos contra Lula nos desvios de seus ministérios como o Juscelino, nas Comunicações, na Abin, na Minas e Energia...

Com maioria na Câmara dos Deputados a favor da anistia a Jair Bolsonaro.

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Ponto Cartesiano

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