O governo fechou o ano com duas notícias: uma boa e outra ruim.
Primeiro a boa: a arrecadação de ICMS de janeiro a dezembro fechou em R$ 5 bilhões e 948 milhões.
Só em dezembro, o Fisco arrecadou R$ 537 milhões (18,47% acima da meta).
Esses R$ 5,9 bilhões de 2024 são R$ 920 milhões a mais do que os R$ 5,028 bilhões de R$ 2023 (18,29%).
Como a inflação de 2024 foi de 4,71%, um crescimento real no ICMS de 13,58% (descontada a inflação).
Esses R$ 5,9 bilhões são ainda R$ 1,5 bilhões acima do previsto na LOA 2024, da ordem de R$ 4,4 bilhões do imposto.
E R$1,9 bilhões mais do que toda previsão de arrecadação tributária (todos os impostos) da Lei Orçamentária aprovada pelos deputados: R$ 4 bilhões.
E a negativa: com esse crescimento todo aí (que representa o contribuinte recolhendo mais e consumidor pagando) o governo investiu apenas R$ 1,3 bilhões (empenhou) dos R$ 1,6 bilhões previstos para obras no Estado.
Ou seja, teve mais impostos do que o previsto e investiu 18% a menos do que programou.
Os 18,29% do crescimento da receita resultou numa frustração de investimento de 18%.