Os primeiros dias do prefeito Eduardo Siqueira (Podemos) na administração da Capital apresentaram-se coerentes com o discurso.
De igual modo seus adversários nas redes sociais mantiveram-se em campanha, arquitetando um 3º turno hipotético.
Avaliar uma administração de quatro dias não se poderia fazê-lo sequer de forma empírica que dirá racional. A quatro ou oito anos do encerramento, alienação pura.
É mais uma doxa destes ditos “influencers” que desvirtuam, de modo equivocado, a fenomenologia do espírito (de Hegel) de que o homem para ser precisamente homem precisa ser reconhecido.
No caso, não pelo que acrescentaria, mas pelo que subtrairia.
Eduardo tem seus vínculos (até ancestrais). E foi eleito realçando-os e não os negando. A lógica sugere desconfiar-se de quem não os tenha. E não o contrário.
Do ponto de vista pragmático o desafio do prefeito não é pequeno. Tem pouca margem de orçamento e financeiro para colocar em prática seus projetos.
A prefeitura tem um orçamento de R$ 2,750 bilhões para este ano. As receitas correntes, entretanto, somam apenas R$ 2,373 bilhões.
E as despesas correntes tem previsão de R$ 2,132 bilhões. Destes, R$ 1,2 bilhões são destinados a salários.
Das receitas da prefeitura, só R$ 878 milhões dependem apenas dela: impostos e contribuições. O montante de R$ 1,380 bilhões depende de transferências do governo federal.
Significa que a administração de Palmas só banca 50,18% da máquina. O restante vem de transferências correntes.
Inclusive algumas carimbadas onde Eduardo não pode mudar a aplicação.
De todo modo, a população queria sangue novo mas com vínculos. Não só com a cidade. Mas com o espírito dela.
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